Alguma coisa acontece... nas histórias de amor em SP!
Filmes, livros e uma história de amor real em São Paulo <3
Farol Verde
O início do ano cultural em SP e o que vem por aí nas próximas semanas
🌐 Próximas exposições: Enquanto o calendário 2023 dos museus e centros culturais de SP não começa (novidades mesmo só depois do Carnaval), as exposições imersivas dão o tom nesse início de ano. Já estão abertas as vendas de ingresso para Michelangelo: O mestre da Capela Sistina (a partir de 28/01 no MIS Experience), Frida Kahlo - A vida de um ícone (a partir de 01/02 no Shopping Eldorado) e The Art Of Banksy: Without Limits (a partir de 01/02 no Shopping Eldorado também).
🦖🦈Esquenta Spielberg: Maratona de filmes de Steven Spielberg no Cineclube Cortina, o estacionamento que foi transformado em cinema do ladinho da Praça da República. No domingo, 08/01, E.T., Tubarão e outros clássicos do diretor com ingresso sugerido por R$30, mas você pode optar por pagar quanto quiser/puder. Ingressos e programação completa aqui.
👨🎤🦎 O Homem que Abalou a Terra: Mostra de filmes em homenagem ao maior camaleão que já existiu no mundo da música, David Bowie. Ao todo são 7 filmes do astro, tanto estrelados, quanto com participações, em sessão única diária até 11/01 no Petra Belas Artes.
São Paulo, cidade-personagem
Por Alana Carvalho do @vivacultura_sp
Você já reparou como todo filme que se passa em São Paulo, a cidade é mais do que apenas cenário? São Paulo sempre tem presença marcante nos filmes e histórias que se passam aqui e é quase como se a cidade fosse mais um personagem, sabe? Às vezes um personagem terciário, secundário vez ou outra, mas sempre mais do que apenas cenário e pano de fundo.
E não só a cidade de forma geral, mas seus marcos e características se fazem presentes. Tipo naquele filme com a Marina Ruy Barbosa de anos atrás, Todas as Canções de Amor, no qual não é dito em momento nenhum em que edifício eles moram, mas a gente sabe com 100% de certeza qual é. Ou no mais recente Esposa de Aluguel, da Netflix, que até o trânsito e viadutos de São Paulo são importantes para o desfecho. E a série Sintonia, com as rampas de acesso do terminal de ônibus e os escadões que só quem sobe diariamente sabe a canseira que dá? Pode observar: São Paulo sempre marca presença de um jeito ou de outro!
E sabe algo mais legal ainda? Aquele orgulho que cresce no peito toda vez que a gente vê na tela os lugares pelos quais já passamos mais de uma vez na cidade e que reconhecemos logo de cara. Se ao ver nas telas já traz um quentinho para o coração, ler um livro que se passa na cidade, então, enche o peito de alegria! A gente já se acostumou tanto a ler histórias que se passam em outros lugares, especialmente cidades dos EUA, mas e as histórias que se passam aqui, em São Paulo, quintal de casa?
Um livro que é uma grata surpresa nesse sentido, tanto pela história viciante quanto pelo fato de se passar em SP, é Tudo Pode ser Roubado, da maravilhosa Giovana Madalosso. Para começar, a história ácida e genial nos leva a conhecer a garçonete de um famoso restaurante da Av. Paulista, que tem o hábito de praticar pequenos furtos das casas de homens e mulheres endinheirados. Porém, tudo muda quando ela é contatada para roubar a 1ª edição do livro O Guarani, de 1857, arrematada em leilão por um professor universitário que se recusa a vendê-la. A história se passa em São Paulo e mostra a cidade com toda a sua pluralidade e excentricidade, mas sem romantizar, já que traz também os seus tantos defeitos e pontos de melhoria. Tudo Pode ser Roubado é o tipo de livro que você devora e sente aquele gostinho familiar e nostálgico ao imaginar as cenas no térreo Copan, nas ruas de Higienópolis e nos botecos de esquina que a gente bem conhece. Para quem ficou interessado, aqui tem mais informações sobre o livro.
E você, acha que São Paulo é cenário ou personagem? Lembra de outros filmes, séries e livros que se passam em SP? Deixa aqui nos comentários que a lista de livros e filmes do ano está aberta para sugestões! rs
Perfil SP:
A cada semana, um pouquinho de SP pelos olhos de quem vive aqui.
“Em 2012 eu trabalhava em um escritório de arquitetura, escritório pequeno lá na vila romana. Tinham algumas pessoas mais velhas e aos poucos foi entrando um pessoal mais jovem e, numa dessas, entrou o Vinicius para trabalhar lá. A gente foi se aproximando aos poucos, conversávamos pelo Skype, era o auge do Skype na época, mas raramente nos víamos fora do escritório. A gente tinha uma mega barreira de aproximação no escritório, porque nós estávamos trabalhando lá e tínhamos medo de ser mal visto. (…)
E daí nessas conversas, em agosto de 2012, a gente combinou de dar uma volta no centro histórico de São Paulo e, na verdade, nem foi pra dar uma volta, a gente combinou de ir na exposição que tinha acabado de estrear do Impressionismo lá no CCBB. Só que quando a gente chegou, a fila estava absurda! Eram pelo menos 2h de espera e a gente não estava nessa empolgação toda de ficar tanto tempo na fila, aí a gente acabou só passeando, dando uma volta como amigos mesmo. Foi um encontro bem legal assim, só de a gente passear dar uma voltinha lá. (...) foi o nosso primeiro encontro, um encontro sem ficar, sem beijo, sem nada, mas com bastante flerte. Só que como amigos, né.
Daí, na rotina de trabalho a gente continuava se falando bastante, e começou uma exposição também nessa mesma época no MASP, a exposição do Caravaggio. Decidimos ir e, então, fomos eu, ele e um amigo meu. Eu enfiei um amigo meu na exposição, já cortando total qualquer clima de romance, né, mas foi mais um encontro bem legal, de aproximação entre a gente e tal.
E em setembro a gente pegou um dia à noite, combinou tudo pelo Skype, e saímos do escritório na surdina, cada um fingindo que estava indo pra um lugar. A gente se encontrou no caminho e fomos de novo no CCBB, porque a gente queria muito ver a exposição (do Impressionismo) e nós conseguimos! A fila estava muito menor e foi uma delícia! Tenho bastante lembrança desse dia. Foi muito gostoso e as obras são lindas, né? Mas a gente também não ficou, estávamos indo bem devagar, porque envolvia o nosso trabalho e eu não queria nada só de brincadeira. (...)
E depois desse encontro, acho que na metade de setembro, a gente já estava naquele frenesi, já querendo logo começar alguma coisa, mas também não falávamos nada diretamente. A gente tinha um show de um primo de um amigo nosso do trabalho, (...) que ia fazer um show na Vila Madalena, e nós ficamos agitando todo mundo para ir, porque, né, a gente queria se encontrar… no fim, ninguém foi no dia do show, nem o primo do cara foi, e fomos só nós dois! Nesse dia foi a primeira vez que a gente ficou!
(...) Agora, esse ano, semana que vem, dia 12, a gente faz 10 anos juntos, com um casamento, uma filhinha de 3 anos e a gente está aí, firme e forte, e com muito amor por São Paulo! A gente já levou a nossa filha na Pinacoteca para ver OSGÊMEOS, a primeira exposição dela. Ela amou, ficou alucinada! A gente gosta bastante de levar ela para esses passeios mais culturais, aproveitamos bastante a rede do Sesc também e essa é a nossa história!”
A Luciana e o Vinicius são arquitetos, apaixonados por São Paulo e pais de uma mini-exploradora cultural de 3 anos.
Para aquecer o coração
Eita, que esse friozinho fora de época pegou todo mundo de surpresa! Que as histórias de hoje tenham aquecido o coração por aí nessa primeira semana de janeiro.
Ainda está em tempo de desejar feliz ano novo? O que conta é sempre a intenção, então que seja um ano novinho em folha para escrevermos a nossa história, com muita arte, cultura e andanças por SP!
Nos vemos na semana que vem!! Ah, e já sabe, né? Se você curtiu a newsletter e quer nos apoiar, não esquece de indicar para os amigles!!
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Eu amei o tópico hoje, realmente aqueceu o coração gelado nesse verão frio! Eu estou com "Tudo pode ser roubado" na lista de leitura mas, no momento, estou lendo "Rainhas da noite" do Chico Felitti e São Paulo definitivamente é uma personagem fundamental nessa narrativa! Leitura recomendada para passear pelo centro de São Paulo antigo sem sair do sofá!