Alguma coisa acontece: exposições para visitar em SP, para além de Mônica e Chaves
Sim, a gente também ama exposições de personagens, mas que outras exposições estão em cartaz na cidade?
Nota da editora: E quem chegou no meio de janeiro (e em novo dia de envio) com um guia com mais de 20 exposições para curtir o cenário artístico de São Paulo? Bora viver 2024 com muita arte e cultura!! E, por falar em exposição, não se fala em outra coisa se não as mostras da Mônica, na Casa das Rosas, e do Chaves, no MIS Experience… maaaaas, muito além das exposições de personagens, a cidade está repleta de boas opções para visitar e aproveitar até o final do mês. Boa leitura! :)
🚦Farol Verde
Quais as exposições em cartaz atualmente em São Paulo?
🦷 Mônica 60 anos - Sempre Fui Forte: Em cartaz na Casa das Rosas, a mostra celebra os 60 anos da icônica personagem criada por Maurício de Sousa. A novidade é que a partir de 16 de janeiro, as visitas deverão ser agendadas previamente pela internet. O link será disponibilizado no site da Casa das Rosas na terça-feira (16/1), às 00h. A medida visa organizar o alto fluxo de visitação e a entrada segue sendo GRATUITA. Até 20 de fevereiro.
🚪 Chaves - A Exposição: Sucesso de público, a exposição é um prato cheio para os fãs da obra de Roberto Bolaños! Chaves, Chapolin Colorado e tantos personagens cativantes e queridos dos brasileiros estão presentes na mostra que reúne figurinos originais, cenários idênticos aos do programas e muuuuitas informações e curiosades no MIS Experience. Por hora, foram disponibilizados os ingressos até o final de fevereiro. Os ingressos custam a partir de R$20 e nas terças-feiras a entrada é GRATUITA, mediante retirada do ingresso na bilheteria do museu.
🖤 Encruzilhadas da Arte Afro Brasileira: Uma das gratas surpresas do final do ano, a atual exposição do CCBB nos brinda com o passado, presente e futuro da arte afro-brasileira, sob curadoria de Deri Andrade (que também é o criador da plataforma Projeto Afro). Vale acompanhar também a programação paralela, que inclui desde coral com ritmos inspirados na música africana e afro-brasileira até oficinas que repensam o nosso imaginário da arte a partir das imagens. A exposição é GRATUITA e segue em cartaz no CCBB até 18 de março.
🍬 Algodão Doce para Você! De férias com Daniel Azulay: Mostra divertida e nostálgica sobre a vida e obra do artista plástico, escritor e educador Daniel Azulay, no Museu Judaico de São Paulo. Conhecido como criador da Turma do Lambe-Lambe, grupo de personagens infantis que protagonizou programas de TV e quadrinhos na década de 70, a mostra é uma ótima oportunidade para revisitar os tão queridos personagens, assim como apresentá-lo para as crianças. A exposição ainda conta com uma série de atividades voltadas para os pequenos no mês de janeiro. A entrada é GRATUITA aos finais de semana e, de terça a sexta, os ingressos custam R$10 (meia) e R$20 (inteira). Até 17 de março.
💪🏾 Mulheres em Luta! Arquivos de memória política: A atual exposição do 3º andar do Memorial da Resistência aborda as lutas coletivas de mulheres do período da Ditadura Civil-Militar até os dias de hoje. A exposição é impactante e nos apresenta mulheres históricas como Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da Casa da Morte, a dramaturga e desaparecida política Heleny Guariba, a poeta e militante Beatriz Nascimento, além de movimentos como o Clube de Mães da Zona Sul, as Promotoras Legais Populares e outras tantas lutas coletivas de resistência feminina. Entrada GRATUITA.
🌀 Torçoes, no MuBE: A fascinante exposição “Torções”, de Ascânio MMM, foi prorrogada até 14 de fevereiro. Tida como uma das melhores mostras de 2023, a exposição reúne as obras cheias de movimento, equilíbrio e espirais do artista na área interna e externa do MuBE. Entrada GRATUITA.
🌵 Jarbas Lopes: Eixos: Com obras históricas, inéditas e uma instalação criada especialmente para a ocasião, a mostra é uma retrospectiva da carreira do artista carioca e suas reflexões entre arte e ecologia, sustentabilidade e bem-estar social. Exposição interativa e cheia de obras viciantes e impactantes! Aos sábados a exposição é GRATUITA, nos demais dias o ingresso custa R$30 (inteira) e R$15 (meia). Até 31 de março.
🎥 22ª Bienal Sesc_Videobrasil | A memória é uma ilha de edição: A exposição reúne trabalhos que tratam da questão do tempo e da memória por meio de diversas estratégias artísticas e levanta o questionamento: como se dá a equação entre lembrança e esquecimento? Além disso, ainda há um espaço dedicado aos 40 anos de história do Videobrasil. A exposição segue em cartaz até 25 de fevereiro no Sesc 24 de Maio e a entrada é GRATUITA.
🤖 Chás e Robôs na Japan House: Daqueles passeios 2 em 1, o centro cultural japonês na Av. Paulista está com as exposições Convivendo com Robôs e NIHONCHA em cartaz. A primeira apresenta 11 robôs que são utilizados no Japão em escolas, hospitais e como companhia (até 31 de março). Já a segunda exposição, explora o universo do chá verde, um elemento emblemático da cultura japonesa (até 7 de abril). Entrada GRATUITA.
🗓️ Até o final do mês: Uma série de exposições encerram até o final do mês, então vale ficar de olho nas datas e se programar:
Ana Mendieta: Silhueta em Fogo, no Sesc Pompeia - Até 21 de janeiro
Marta Minujín: Ao Vivo, na Pinacoteca - Até 28 de janeiro
Retratistas do Morro, no Sesc Pinheiros - Até 28 de janeiro
Ensaios para o Museu das Origens, no Itaú Cultural e Instituto Tomie Ohtake - Até 28 de janeiro
Dos Brasis - Arte e Pensamento Negro, no Sesc Belenzinho - Até 28 de janeiro
Tornar-se Orlan, no Sesc Av. Paulista - Até 28 de janeiro
Ocupação Machado de Assis, no Itaú Cultural - Até 04 de fevereiro
🖼️ Se não foi, ainda dá tempo de se programar para visitar:
Festas, Sambas e Outros Carnavais, no Sesc Casa Verde - Até 18 de fevereiro
Hiper-Realismo no Brasil, na Caixa Cultural - Até 18 de fevereiro
Histórias Indígenas, no MASP - Até 25 de fevereiro
Terzo Paradiso, no Instituto Artium - Até 3 de março
Karingana – Presenças negras no livro para as infâncias, no Sesc Bom Retiro - Prorrogada até 31 de março
Terror no MIS, no MIS Jardim Europa - Ingressos liberados até 31 de janeiro, mas vai ficar aberta ao público até pelo menos março
Constelação Celestina, no Sesc 14 Bis - Até 7 de abril
Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou, no IMS - Até 21 de abril
👀 Perfil SP
Dos acasos da vida, me vi escutando de rabo de ouvido o produtor Jacó Oliveira contar sobre como estava sendo participar da montagem da exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, no CCBB. Quando percebi, já estava envolvida na conversa e, com a permissão de Jacó, trago aqui um trecho onde ele conta sobre como sua família chegou a São Paulo e o que a exposição representa para ele nesse momento.
“A minha família saiu daquele ciclo de ser propriedade por volta dos anos 70 para 80, para vir construir o Sudeste.
Era um pessoal de uma região que estava no contexto muito forte do café. Os fazendeiros de café tomavam conta e ainda tomam conta, grilam terra, e aí o pessoal saiu e veio para São Paulo.
Meus primeiros tios chegaram aqui para dormir no chão de restaurante chinês, trabalhar na cozinha ou de segurança. As mulheres para trabalhar nas casas de família, aquela velha história…
Eu estou aqui (em São Paulo) há 17 anos e, hoje, participar da produção de uma exposição como essa, ver nosso nome na placa, os artistas… Você vê a importância do trabalho, a importância de tudo isso enquanto um modo de vida que precisa, inclusive, ser passado para a juventude.
Tem várias coisas muito fortes nessa exposição, que tocam um lugar pessoal, e não só em mim e nos artistas, mas na classe que está trabalhando e nas pessoas que chegaram aqui antes de nós. E ver esse lugar (prédio do CCBB), que já foi só dos barões do café, ocupado agora por nós… nossa!
(…) Tem várias coisas importantes, mas aqui no Encruzilhadas o foco é esse cruzamento entre o meu passado, o passado que os meus ancestrais deixaram para trás, e o legado que eles me deixaram, que é suficiente para eu ter essa sensibilidade para projetar o futuro. É puramente conceito e filosofia de Exú e dos povos tradicionais.”
Afroindígena urbano, Jacó Oliveira é co-fundador da consultoria criativa Tatu Cultural, estrategista de cultura, integrante do bloco percussivo de resistência da cultura samba-reggae em São Paulo, Bloco Kazunji, fazedor e apreciador de cultura. Você pode acompanhar mais do trabalho de Jacó em sua página no Instagram @jacooliveira.
Até semana que vem!
Se você chegou até aqui, muito obrigada por nos ler!
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Curadoria excelente!!
Eu estou louca para visitar a exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, no CCBB SP, esse perfil só me fez aumentar a certeza de que será incrível!